Queria muito ter lascas de grafite bruto em minhas mãos e com elas,
rabiscar livremente as imagens e figuras que vagueiam na mente em momentos como este.
Não tenho firmeza nos pulsos, os rabiscos nãos seriam tão precisos, mas o sentimento também não é.
Dispenso a aquarela. Não há cores nas tormentas que balançam o meu coração.
Há uma tempestade em preto e branco, com mares revoltos que respingam em meus olhos o sal do desespero.
Não há um desenho ordinário e
Sequer consigo ver o contrário das coisas tão duras que me abatem e desconheço.
São forças íntimas, esmagadoras, ocultas sempre!
De longe reveladoras...
Estou só. Procuro conforto em travesseiros imaginários e colos imaculados.
Eu peço perdão pela ausência de fé, já acreditando ser ela a única a me deixar de pé.
Eu choro por dentro, as lágrimas vem sem alento.
Eu agüento o tentar todos os dias em vão.
Arrasto correntes, não é tão novo o meu presente,
Eu preciso enxergar o que cega o meu coração!