Eu caio e ralo o joelho,
Choro de desespero,
Eu me sujo e toco o tambor.
Eu quebro os copos no espelho,
Me corto e faço desejos de amor e de dor.
Eu rogo a Nossa Senhora, que no fim da história,
Não exista de certo ainda o fim.
Eu canto, eu suspiro lá fora,
Eu imagino o som da viola,
Ou quem sabe, o coelho na cartola,
Pra salvar o meu dia ruim...
Eu tenho os olhos borrados,
A pele riscada,
O cabelo embolado...
Eu tenho o desejo embutido,
De nunca ter caído,
De não se machucar.
Ouçam bem meus amigos,
Meus ombros não estão caídos,
Pois bem eu sei o meu lema:
Cair, se ferir, levantar.