Se eu pudesse eu sumia no sopro do mundo,
Entrava no vazio profundo,
Que existe nesse silêncio, aqui,
Na minha alma...
Esse silêncio vive aqui e me chama,
Abraço então a quietude que clama,
Por um momento de equilíbrio total.
Piso firme nas chamas da estrada,
Elas ardem, verdadeiras fornalhas,
De obstáculos, desafios, torpor.
Cuidadosa e zeloza dou eu os meus passos,
Vibro com o descompasso
Coração de tambor...
Imagino ser ele, o silêncio,
a minha brisa.
Entrando porta a dentro,
Inundando minha vida.
Sou um navio meio à tempestade,
Fecho as comportas do meu corpo e alma,
Ignoro o mar e toda a sua majestade,
Navego em silêncio, já não arde, acalma...